Estudos recentes sobre o cérebro e a leitura têm proporcionado informações muito relevantes que devem ser tomadas em consideração na prática docente e fundamentam o projeto amostras para ler+.
O cérebro humano nasce com estruturas que possibilitam a leitura, mas para que cada pessoa se torne um leitor competente é indispensável a ativação de circuitos neuronais que só se formam se houver contacto frequente com livros e uma prática continuada de leitura, desde a infância. Uma das etapas cruciais na ativação dos circuitos neuronais decorre entre os 6 e os 12 anos de idade.
A prática intensa de leitura é também determinante na ativação dos circuitos que estão na base de toda a aprendizagem.
Embora a leitura induzida pelo trabalho escolar seja muito importante, não se revela suficiente para que cada pessoa venha a atingir um elevado nível de literacia.
A leitura pessoal e autónoma é indispensável ao desenvolvimento pleno do indivíduo, mas só se torna uma realidade se o leitor encontrar nos livros motivos de interesse e envolvimento afetivo, que dependem da personalidade, das circunstâncias, das etapas de vida.
As perspetivas abertas por esta nova área de estudos sobre o cérebro devem necessariamente refletir-se nas atividades das escolas. A par da habitual leitura orientada na sala de aula, é indispensável que os docentes estimulem sistematicamente a leitura autónoma, promovendo o contacto direto dos seus alunos com a maior diversidade possível de obras, para que cada um possa descobrir e aprofundar o seu percurso pessoal de leitura.
Objetivos do projeto
- Criar momentos, na sala de aula, especificamente destinados a apoiar os alunos na escolha livre de obras para leitura pessoal e autónoma.
- Incentivar a frequência da biblioteca escolar pelos alunos, bem como a requisição de livros e a multiplicação de experiências de leitura.
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